segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Com SUS ou Sem SUS?!

Com SUS ou Sem SUS?!

Sempre que eu passava pela frente do Hospital São Camilo tinha uma placa informando de alguma obra e sempre com valores bastante significativos provenientes do governo. Pensava então: Como o dinheiro é do governo, certamente o atendimento no hospital, além de ser bom, seria de “graça”.
Um dia minha esposa foi ter bebê e como não foi possível ser atendida na Maternidade Mãe Luzia, pois naquela hora a maternidade estava cheia, adivinhe onde ela foi parar?
Certo!
No Hospital São Camilo. Depois de todos os detalhes administrativos de praxe, minha esposa deu entrada na citada casa de saúde.
Pela brecha da porta eu percebi que haviam várias mulheres em um quarto esperando para entrar na sala de cirurgia. Logo veio uma enfermeira dizer para eu sair de lá, pois se tratava de uma área restrita. Fiquei então aguardando sentado em um banco de madeira no corredor.
Depois de muita espera e angustiado por não receber noticias lá de dentro da sala de cirurgia, finalmente surgiu uma enfermeira puxando uma maca com minha mulher encima e pediu uma roupinha pra colocar no bebê. Tudo estava dentro da normalidade me acalmou a enfermeira. Minha esposa então ficou em uma enfermaria com mais cinco ou seis mães com seus respectivos bebês. Acompanhante só poderia ser do sexo feminino, portanto eu ficava no hospital, mas poucas vezes ia até a enfermaria onde minha esposa estava.
Na hora do banho, na banheira coletiva, cada bebê aguardava sua vez e as acompanhantes ou mães, assim que terminavam de dar banho no bebê lavavam a banheira para o próximo felizardo.
Sentado no banco do corredor observei muitas coisas e em um certo momento vi uma movimentação em um apartamento que estava sendo todo enfeitado de balões. Fui um pouco mais perto e vi que tinham mensagens de boas vindas na porta do quarto.
Mais alguns instantes e surge uma mulher grávida, bem vestida, toda produzida. Ao redor da mulher que vinha em direção à sala de cirurgia, vinham amigos, fotógrafo, cinegrafista e o marido não sei se estava entre as pessoas que acompanhavam a mulher, mais ou menos oito pessoas. Todos entraram. Pelo vidro eu via os flashes de luz da máquina fotográfica, lá na área restrita.
Depois de algum tempo surgem duas enfermeiras risonhas empurrando cuidadosamente uma maca e nela a mulher mais produzida do que entrou e também risonha. Todos acompanhavam a mulher já sem barriga, pois acabara de ser operada e dado a luz.
Um tempinho depois aparece uma outra enfermeira com um bebê, toda arrumadinha, de roupinha cheirosa e o levou para o apartamento todo enfeitado que o aguardava para uma festa e, claro, para a primeira sessão de fotos.
E você, quer com SUS ou sem SUS?

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